O Papel dos Pais na Prevenção da Gravidez na Adolescência

O Papel dos Pais na Prevenção da Gravidez na Adolescência

Introdução

Nesta última postagem, compartilhamos com você quais são os perigos emocionais que uma adolescente pode passar durante uma gravidez.

Podemos relembrar levemente que a falta de apoio dos pais ou responsáveis, o abandono parental, a possibilidade de um aborto e pressão social podem levar as jovens mães a um quadro de ansiedade e depressão muito facilmente.

Também conversamos sobre a necessidade dos pais de fornecer um apoio durante esse momento onde a adolescente passa a assumir obrigações da vida adulta e pode perder a oportunidade de viver essa fase tão importante para o desenvolvimento humano.

Por isso, falamos que é essencial que os pais, que não desejam este sofrimento para suas filhas e filhos, investirem tempo e energia na prevenção da gravidez na adolescência.

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Afinal, o que é prevenção?

Quando falamos em prevenção, falamos em evitar alguma coisa tomando certos cuidados.

É importante deixar claro que a descoberta sexual pelo adolescente é natural, seja através da masturbação ou mantendo uma vida sexual ativa.

Proibir o adolescente de ter acesso ao sexo em suas diversas formas pode causar frustração e problemas de autoestima que levam a comportamentos específicos durante a vida adulta.

Então o que iremos prevenir se não o sexo?

A resposta é que iremos evitar os riscos de uma gravidez indesejada, de um estupro ou da contração de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

O que estamos propondo aqui não é um processo de castração emocional, mas sim uma conscientização do adolescente através de uma conversa franca e objetiva sobre o sexo nesta idade.

Precisamos falar sobre Educação Sexual

Muitos pais possuem a dificuldade de abordar sobre o sexo com seus filhos, seja por ser um tabu para a própria família, seja porque o adolescente tem vergonha de falar sobre esses assuntos.

Por isso precisamos começar desde a infância a explicar para a criança sobre o funcionamento do seu próprio corpo, explicar sobre os limites que essas crianças devem impor aos adultos no toque.

Quanto mais consciente for a criança a respeito do seu corpo, maior a possibilidade de se evitar um abuso por algum parente ou amigo da família durante esse período evitando traumas complexos a serem carregados na vida adulta.

Como algumas escolas não aderem ao trabalho de conscientização da educação sexual, cabe a todos os responsáveis começar a explicar para seus filhos sobre o assunto, especialmente os Adolescentes.

Mas afinal, o que é Educação Sexual?

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, educação sexual não é você falar sobre o ato sexual em si, como funciona a penetração ou quais posições são melhores para o prazer do adolescente.

A educação sexual tem muito mais a ver com a responsabilidade sobre o próprio corpo e sobre o corpo do outro quando se escolhe iniciar uma vida sexual ativa.

Isto é, por exemplo, fazer o incentivo do uso correto de preservativos, explicando como se usa cada modelo para evitar uma gravidez ou uma IST.

Também falar sobre respeitar o espaço do parceiro sexual ou explicar que, independente de qualquer violência, seu filho tem um espaço aberto para conversar com você e que ele não deve ter medo ou vergonha do julgamento.

No caso dos pré-adolescentes, educação sexual também é explicar como funciona esta fase do início da puberdade, as alterações esperadas no corpo, como o crescimento das mamas, pelos pubianos, crescimento do pênis e também a primeira menstruação.

Também é falar sobre as dificuldades emocionais que o adolescente pode passar durante esta fase, explicar que eles têm tendência a serem mais impulsivos do que um indivíduo adulto e que isso é uma fase normal do desenvolvimento.

E qual o melhor momento para introduzir o assunto?

Na realidade, a educação sexual, como demonstrada acima, começa desde a infância, de acordo com a curiosidade da criança, passando pela pré-adolescência e continuando durante todo o desenvolvimento do adolescente.

O que muda na realidade são os tópicos que são abordados em cada idade.

Falar sobre o funcionamento do corpo, explicar o que é prazer, quais são as áreas que ninguém deve tocar sem a autorização da criança ou adolescente, como evitar uma gravidez ou IST não irá tirar a pureza da infância ou transformar o seu adolescente em um ser humano sexualizado.

Muito pelo contrário, conversar sobre esses assuntos naturaliza a prevenção e a consciência, criando adultos responsáveis sobre suas ações e responsabilidades de uma possível vida sexual ativa.

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Sexo na Adolescência existe

Um estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo, em  2002, aponta que a idade média para o início da vida sexual acontece por volta dos 15 anos para meninos e meninas.

Este mesmo estudo mostra que cerca de 46,1% dos adolescentes entrevistados já haviam começado sua vida sexual.

Outras pesquisas vem sendo desenvolvidas com o objetivo de acompanhar as relações sexuais durante a adolescência no Brasil e podem ser facilmente encontrados em plataformas de pesquisa acadêmicas.

Portanto, é melhor acreditar que é mais provável seu filho ou filha já tenha começado a sua vida sexual do que acreditar que o mesmo está se guardando para depois do casamento ou uma idade além dos 15 anos.

Mantendo um diálogo aberto

Com isso é importante começar a conversar com seu filho e filha sobre a educação sexual antes da adolescência, para se evitar uma possível falta de informação que possa levar a uma eventual IST ou gravidez indesejada.

Além disso, caso o mesmo já tenha começado sua vida sexual, manter um diálogo aberto e sem julgamentos, levar ao médico e esclarecer dúvidas são uma forma de ter maior possibilidade de mostrar a responsabilidade de manter-se uma vida ativa sexualmente.

Alguns pais podem ter a dificuldade de se aproximar dos filhos para falar desses assuntos, nesse momento, é importante estar atento a possibilidade de se iniciar um trabalho de terapia familiar, individual ou com o próprio adolescente.

A Terapia para o Adolescente

A adolescência é um momento de muitas transformações para os adolescentes.

Como falamos neste texto aqui, o adolescente tende a ser muito impulsivo e emotivo devido a própria condição biológica da idade.

Por isso, o acompanhamento psicológico pode auxiliá-lo a trabalhar melhor suas frustrações e potencialidades para que o mesmo cresça de uma forma mais consciente sobre si e seus limites.

Além disso, muitos adolescentes podem ter dificuldades de estabelecer um vínculo de amizade para com o pais por diversos motivos, como medo do julgamento, traumas e expectativa parental.

Sendo assim, a terapia se torna um ambiente seguro para que o adolescente possa expressar suas emoções sem medo do julgamento através de um vínculo a ser desenvolvido com o psicólogo.

A Terapia para os Pais

Em alguns casos, os pais são as pessoas que precisam de ajuda para lidar com os filhos.

A adolescência pode ser um momento decisivo para a saúde mental dos pais, que normalmente, nutrem muitas expectativas a respeito do comportamento das suas crianças em crescimento.

E quando bate o desespero de não saber como se falar com aquele ser humano tão diferente do seu pequeno, talvez uma terapia possa ajudar.

Isso porque a terapia traz para os pais segurança emocional suficiente para aprender a impor limites necessários para seus filhos.

Ao mesmo tempo que auxilia a respeitar este outro ser que cresce em busca de sua independência fortalecendo os laços e provocando uma melhoria no relacionamento com seus filhos.

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A Terapia Familiar

E caso haja um problema na dinâmica familiar, uma terapia em grupo com todo o núcleo pode auxiliar a encontrar um caminho de respeito mútuo para com cada um.

A terapia familiar oferece um olhar neutro do psicólogo para com cada membro da família, podendo, através de reuniões individuais e em conjunto, encontrar onde de fato está acontecendo o problema de comunicação, conflito de gerações e potenciais problemas individuais que afetam o clima da família.

O objetivo da terapia familiar, nesse caso, é facilitar o diálogo, o perdão e o respeito mútuo entre todos os membros envolvidos na terapia, fortalecendo laços ou recuperando outros defectivos ou perdidos em meio as brigas.

Se você precisar de ajuda, você pode procurar um profissional capacitado e orientado para cada necessidade.

A Clínica Recanto PSI possui psicólogos para todas as idades e também dispõe de uma terapeuta familiar para que você possa melhorar cada vez mais seu relacionamento com seu filho.

Você pode agendar sua consulta conosco clicando no banner abaixo ou mandando um Whatsapp para o número (21) 4141-9664.

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